Em destaque Terceirização da Craisa é tema de debate no Legislativo

Terceirização da Craisa é tema de debate no Legislativo

A Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André (Craisa) deu início a processo de licitação para terceirizar o serviço de refeição, que hoje é prestado à Administração por meio da entrega de alimentação às redes escolar e de atenção à saúde, entre outros locais. O anúncio gerou certo desconforto, principalmente, entre os funcionários públicos, alguns de carreira, que atuam na Companhia, por isso, os vereadores da Câmara convidaram o superintendente da autarquia, Helio Tomaz Rocha, que acompanhado do secretário de Relações Institucionais da Prefeitura, Tiago Nogueira, estiveram hoje (09/10) na Casa, a fim de esclarecer a terceirização proposta.

Os vereadores se dividiram em blocos para iniciar rodada de perguntas. Em protestos, alguns servidores compareceram no plenário com faixa contra uma eventual terceirização. O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Santo André chegou a organizar assembleia no último mês para debater a questão. O Sindserv deixa claro que não aceita a terceirização do setor, tendo em vista sua importância para o município. "Sabemos o quanto esta alteração pode influenciar na qualidade da nossa alimentação", afirmou Carlos Alberto Pavan, representante legal do Sindserv.

Rocha esclareceu que é funcionário da Craisa há 20 anos e que está sendo feito grande esforço para que a empresa seja auto-sustentável, tendo em vista a dívida de R$ 20 milhões, herdada da gestão anterior. “Cheguei a fazer reunião no restaurante da Craisa, em escolas, na rede de saúde do município e em outros lugares onde a refeição é servida, para desconstruir o que foi dito por alto, de que haveria demissões”, disse. O superintendente citou, ainda, que o certame, de terceirização do preparo das refeições, foi adiado por determinação do Tribunal de Contas do Estado (TCE). A empresa Núcleo Oásis Alimentação Comercial Ltda. acionou o órgão alegando que faltava no edital a estimativa de preços.

Segundo Nogueira, a Craisa é uma empresa deficitária. Recentemente, a Administração enviou projeto de lei ao Legislativo, que visava alterar o objeto social da Companhia, na tentativa de contrapor dívida judicial no valor de R$ 13,8 milhões junto à Receita Federal. O projeto contou com votação favorável unânime. “A medida de terceirização não causará prejuízos aos funcionários, e ajudará na economia da Craisa. Estamos fazendo modalidade de pregão para dar transparência ao processo. Já tem empresa fornecendo mão de obra para a Companhia. Começamos todas as conversas e estudos, antes da eleição presidencial, e estamos trazendo para a Casa de Leis de forma bem transparente”, explicou Nogueira.

 

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